segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Literatura Enlutada

Benedito Nunes: uma vida dedicada à Academia
Em seus 81 anos, Benedito Nunes teve mais da metade deles dedicados à produção intelectual, pesquisa e ensino. A estreia ocorreu no suplemento literário do jornal paraense Folha do Norte, nos idos de 1950. Em entrevista à Unicamp, Bené relatou, com a empolgação de outrora, os primeiros ensaios feitos:
“Era um suplemento muito bom, que publicava de trovadores e poetas locais a nomes consagrados. Eu escrevia em forma de retalhos, uma mistura de literatura e filosofia, como trechos de uma confissão – ‘Confissões solitárias’. Passei a colaborar com o Jornal do Brasil, no tempo em que Mário Faustino tinha uma página de poesia, e fui chamado também pelo O Estado de S. Paulo”


Os primeiros passos nas letras públicas rumaram a trabalhos maduros, que renderam ao escritor notoriedade, como pela encenação de Morte e Vida Severina, no 1º Festival Nacional de Teatro Amador (1958), no Recife, o que lhe valeu o prêmio de melhor adaptação teatral.




Entre suas obras merecem destaque ‘O Mundo de Clarice Lispector’ (1966); ‘Poesia de Mário Faustino’ (1966); ‘Farias Brito: Trovas Escolhidas’ (1967); ‘O Dorso do Tigre’ (1969); ‘Leitura de Clarice Lispector’ (1973); ‘Oswald Canibal’ (1978); ‘O Livro do Seminário’ (1983); ‘Passagem para o Poético: Filosofia e Poesia em Heidegger’ (1986); ‘O Tempo na Narrativa (1988)’; ‘A Paixão Segundo GH/ Clarice Lispector’ (1988); ‘O Drama da Linguagem: uma Leitura de Clarice Lispector’ (1989); ‘O Crivo de Papel’ (1999) e ‘Hermenêutica e Poesia — O Pensamento Poético’ (1999).




Uma carreira premiada




A reconhecida trajetória como filósofo, escritor, professor, crítico e ensaísta rendeu a Benedito uma série de homenagens e premiações ao longo de sua carreira. Dentre as mais importantes destaca-se o recente prêmio Machado de Assis, concedido pela Academia Brasileira de Letras (ABL) no ano passado, pelo conjunto de sua obra.


Segundo a ABL, Benedito foi laureado por se situar na linha de grandes pensadores existenciais, como o alemão Martin Heidegger e o francês Jean-Paul Sartre, podendo ser classificado como “um estudioso capaz de construir pontes entre a interpretação do texto literário e a sondagem filosófica, no caso fenomenológico”.
Entretanto, à época, Benedito não pode ir até o Rio receber a homenagem. Uma crise hipertensiva provocara a internação do escritor em um hospital de Belém. A missão de representá-lo na cerimônia coube ao mestre em Filosofia, amigo e discípulo de Benedito, Victor Pinheiro.


Bené também foi agraciado em duas ocasiões com o Prêmio Jabuti, principal prêmio literário brasileiro, nos anos de 2010 e 1987, nas categorias Teoria/Crítica literária e Estudos Literários.




Em reconhecimento à valiosa colaboração do filósofo para a Academia, a Universidade Federal do Pará lançou em 2009 o Prêmio Benedito Nunes. A premiação é bianual e atribuída à melhor tese de doutorado, como fomento a pesquisadores e a programas de pós-graduação dos Institutos de Ciências da Arte, de Filosofia e Ciências Humanas e de Letras da Universidade.




Coordenadora do Prêmio, a pesquisadora Lilian Chaves disse que a homenagem fazia jus ao nome de um mestre paraense que conquistou a admiração dentro e fora do seu país. E a premiação surgiu como forma de agradecimento da Instituição que ele ajudou a criar e a fortalecer como um dos fundadores do curso de Filosofia e da Escola de Teatro e Dança da UFPA. Seria uma maneira de tornar vívida e permanente a lembrança do eterno professor.



(Luana Laboissiere, DOL)

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

PV saúda ACLA e Acadêmicos

 Tem poeta que não é de muita conversa e prefere ficar em silêncio. Eu sou um poeta diferente e além de escrever meus poemas, tagarelo bastante. Tenho um grande defeito que é o de não conseguir decorar minhas poesias (que são muitas), mas isso não importa. Entusiasmado com a Academia de Letras da qual faço parte - ACLA, resolvi mudar o rumo de minhas prosas e escrever um texto em Acróstico. Levei para a  Academia e todos gostaram, razão pela qual, vou continuar formando frases verticais e publicá-las. Com a permissão de meus colegas acadêmicos, estou postando aqui no nosso ponto de encontro literário. Gostei da novidade. (Paulo Vasconcellos) 

As sílabas e palavras em Acróstico
            Não sou de formar textos em Acróstico, mas de vez enquanto, uso minha criatividade para destinar palavras soltas e assim por diante. Como estamos iniciando nosso contato com internautas através do Blog da ACLA, me arrisquei e escrevi o conteúdo abaixo:

Agora é pra valer, estamos mais próximos dos críticos
Como somos imortais, podemos errar
Até nos acostumarmos com a idéia, certamente vamos cometer equívocos
Diante de tantos problemas, escrever é um passatempo
Esperamos que nosso Blog faça sucesso
Muitas vezes, almejamos a coisa acontecer
Indiretamente, temos os pensamentos que se aglomeram e formam frases.
Amanhã talvez, nossas obras serão conhecidas

Discretamente vamos aparecer para a sociedade
Entre versos e prosas, mostraremos nossos talentos

Literariamente somos capazes de agradar nosso público
Envolvendo a comunidade com as questões culturais
Trabalhar pela cultura é nosso lema
Ratificaremos nossas condições de intelectuais assim que formos acionados
Antes, éramos apenas candidatos a acadêmicos
Superamos as expectativas e agora somos imortais de verdade!

Autor: Paulo Vasconcellos, membro ativo da ACLA. Dedico esse texto a todos os meus colegas Acadêmicos e que todos façamos bom proveito do nosso Blog que já é conhecido em várias partes do mundo, graças a Deus! Aproveito para reforçar meu incentivo e doravante tenhamos várias obras postadas pelos acadêmicos. Minha saudação a vocês, caros intelectuais.

Opinião - Por Tetê Vasconcellos

Edição: Paulo Henrique

Capanema agora tem sua Cátedra de Literatura!
Mais uma vez Capanem sai na frente e abre mais um espaço voltado á divulgação da sua cultura. Um grupo pequeno, mas bastante orgulhoso da terra onde vive, conseguiu abrir não só uma porta, mas várias janelas para a expressão literária deste centenário município: uma Academia de Letras. A idéia, diga-se de passagem, demonstra o interesse do conjunto de escritores que produz seus feitos literários na cidade.
Sabemos da importância da esfera pública social, já que abrir uma loja, uma farmácia, um supermercado, alimenta o corpo, cura os males e enfeita a beleza estética, mas com certeza, não alimenta o espírito e nem cura a mazela da alma, assim como não evoca a essência do ser, no mais recôndito de seu esconderijo. Assim, se passa com um espaço que reúne não só àqueles que acreditam no cotidiano, mas que sonham em transformá-lo por meio das palavras...
Dessa forma quero parabenizar e manifestar mais uma vez o grande carinho que tenho por esses pequenos que, como diz o dito popular “topam qualquer parada e não param em qualquer topada”. Parabéns pela iniciativa que só engrandece a cultura de Capanema e que agrega cada vez mais, valores nobres em seus cidadãos!
Viva a mais nova cria! Parabéns a Academia de Letras de Capanema!

Por Tereza Vasconcelos

*A autora é jornalista profissional, tem afinidades com Capanema e é defensora das artes literárias. É filha da saudosa Licy Vasconcellos, que na década de 1950 morou em Capanema e por aqui exerceu atividades contribuindo com o desenvolvimento do município. A autora também é sobrinha da saudosa professora Iraci, que educou muitos Capanemenses. 

Letras e Artes - Excelente Leitura

GOSTOSA CAáPANEMA DE OUTRORA... - Por Hadson Sousa
Hadson Sousa, professor.
Não podemos voltar ao passado para reviver, contudo nossa mente tem o poder de reconstruí-lo... Mesmo que implique em releituras nem sempre tão autênticas. Muitas vezes, isto se torna um fato indesejável. O universo onírico, também, possibilita-nos uma viagem e rompe com as marcas da temporalidade, fazendo-nos fugir desta perene certeza de que vivemos sempre e exclusivamente no presente... É no mundo dos sonhos, na obra “Belém – Capanema”, da autora Marta Navegantes, que podemos reviver uma Capanema que não existe mais.
Uma impossível viagem de regresso a um universo que se transformou pela ação dinâmica do tempo. Mas que na obra torna-se possível, pois a narrativa-documentário é composta a partir de uma viagem “real” (conquanto inventada), com saída de Belém com destino a Capanema (com um detalhe: “por dentro”, como se dizia dantes). Contudo, isso é apenas pretexto para a viagem saudosista e surreal com destino a Capanema de lendas de mata caá e caças panemas. Há, portanto, uma meta-ficção. Ou seja, a narrativa desta obra cria uma realidade ficcional e desemboca em outra, ficcional também. Assim o leitor é convidado a reviver uma gostosa Caápanema de outrora, com suas ilustres personas/personagens: O Navegantes, Dona Maroca, Izaura das flores, Zé Correeiro, Dona Luizinha e Seu Neco, Zé Alfaiate, Raimundo pau-velho, Dr. Roberto, Dr. Jorge, Joãozinho Wanderley, Hugo Travassos, Irmã Terezinha, Irmã Clementina, Padre Sales e tantos outros...
Uma viagem, permeada com poesia crítico-reflexiva, para a Capanema em pleno processo de urbanização: o Mato Azarado dá lugar “ao concreto civilizatório” - revés... A Capanema desfolhada Sem murucututu, sem matintapereira, / sem riacho dourado, sem cheirosa açucena, / Foi ficando sem graça, sem eira nem beira, / Capoeira sem caça, foi ficando caá-panema. A Capanema da igrejinha humilde e aconchegante, mais conhecida por Paróquia de Nossa Senhora do Perpetuo Socorro, que guardava em sua estrutura e em tudo o que rodeava, o suor e os sonhos de boa parte da acanhada população. A Capanema do confidente coreto cor-de-rosa da praça da igreja e, das noites do Arraial; onde ricos e pobres participavam do festejo sem o preconceito do ter e não ter. A Capanema da Estação do trem no coração da cidade: Avenida Barão de Capanema.
Enfim, “Belém-Capanema” é um retrato feito de palavras e revelado com muita sensibilidade, trabalhado à pena, carregada de emoção. Para alguns leitores que lá se encontram ou encontram seus familiares uma catarse interior, uma viagem, um desembarque na estação. Para outros, a oportunidade de conhecer nossa cidadezinha com cheiro de mato, mas sem a cor cinza e aquele cheiro desagradável que anuncia a chegada na cidade hoje... A Capanema como desabafa a autora: Quem dera não fosses hoje / tão em desenvolvimento, / tão mais dura, outro elemento, / tão concreta, sem calor para corresponder. 
Colaboração: HADSON SOUSA, professor licenciado em Letras.
hadsonsousa@hotmail.com
http://hadsonsousa.blogspot.com/

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Artigo Literário - Por Samuel Alencar

CIDADANIA UM AVANÇO SOCIAL PARA DEMOCRACIA

Muitas pessoas leigas, acreditam piamente que ser cidadão é apenas votar e ser votado, para Prefeito, Vereador, Presidentes da República e outros cargos eletivos, estando com o título de eleitor em dias, já se acham um cidadão completo, pois estão equivocados, votar e ser votado é apenas um dos numerosos gestos que o indivíduo deve fazer para se tornar um cidadão. No nosso paupérrimo entendimento, cidadania é um conjunto de direitos e deveres que cada indivíduo possui dentro de uma sociedade organizada, entendida como Democrática, dentre outros direitos, os mais relevantes são: o direito de ir e vir – a nossa locomoção-, a liberdade de expressão – imprensa livre de censura-, o direito que o indivíduo tem de só fazer aquilo que desejar, desde que não fira dispositivos legais. Alguns desses direito são resguardados por leis para que o cidadão possam usufruir na sua mais ampla plenitude, sem ser tolhido por terceiros, ou por forças estranhas que não comungue com o ideal daquele cidadão; o Art. 5º da Constituição Federal pátria, elenca todos os direitos que o indivíduo tem e são protegidos pela Lei “Matre”; porém esses direitos estão condicionados a outro elenco de deveres, é necessário que seja cumprida regra de dever comportamental que cada indivíduo deve agir dentro da sociedade, sem ferir o direito de terceiro individual ou coletivo; alguns desses comportamentos são apenas éticos ditados apenas pela ética e a moral, já outros são editados em normas jurídicas, ou seja as lei vigentes de nosso país, como nos referimos anteriormente, caso sejam infringidas há uma sanção correspondente. Daí a relevância dos órgãos de segurança pública, respaldado pelo poder judiciário, com a fiscalização da Promotoria de Justiça, são os instrumentos quem tem a incumbência de sustentar e de permitir que cada cidadão goze de seus direitos sem embaraço, num ESTADO DE DIREITO E DEMOCRÁTICO na sua magna amplitude.
Alguns desses deveres que há algum tempo, eram apenas antiéticos, hoje em dia já se transformaram em infrações ditadas pelas normas jurídicas, sofrem repressão das normas legais caso o indivíduo se comporte como anteriormente vinha se comportando; senão vejamos. Há trinta anos, fumar no interior de um restaurante, usar o som de seu carro em volume altíssimo, a nomeação de parentes pelos políticos a cargos de confiança, esses comportamentos eram corriqueiros e considerados apenas antiéticos e afrontava a moral, porém não infringia nenhuma norma legal estabelecida pelo Estado, mas hoje, comportamento dessa natureza além de ser antiético sofre sanção de nosso ordenamento jurídico pátrio. Mas há um antagonismo ainda nessa questão, perdura hoje comportamento antiético e imoral, que a norma jurídica protege, para ilustrar essa assertiva, podemos exemplificar os casos de qualquer pessoa jurídica ou pessoa física, pode fazer doações para candidatos dos mais diversos casos, pode doar até para mais de um candidato, mesmo sendo adversários na competição eleitoral, ainda assim a Legislação Eleitoral permite, desde que não ultrapasse um determinado percentual estabelecido pela lei, tendo como base o imposto de renda do doador. Ora uma pessoa física poderá declarar que ganhou duzentos mil reais de renda num ano, porém há pessoa jurídica, que declarou um rendimento de dois milhões, por isso poderá doar mais. Não acredito em Bom Samaritano, nessa época de interesse pessoal, se alguém doa a qualquer candidato, salve raríssima exceção, é porque no futuro quer tirar proveito, de sua doação, e que não me venham com dialética de algibeira os candidatos beneficiados.
Ainda existem atualmente, alguns comportamentos social que são apenas censurados pela moral, pela ética e os bons costumes, as leis existentes ainda não os atingem, como por exemplo, jogar papel e ponte de cigarro na via pública, andar sem camisa dentro do coletivo, em alguns países esse comportamento é punido severamente, em nosso país não sofre restrição legal, embora a ética e os bons costumes de nossa sociedade não aceitam com de bom alvitre.
É indubitável, que as leis que estão sendo criadas hodierno, são em decorrência da reprimenda dos bons costumes e da ética de uma sociedade organizada, não temos dúvida de que o nosso ordenamento jurídico foi criado para estancar comportamento social incompatível com a moral e a ética, destarte, as leis passaram a ser a guardiã, o manto de proteção dessas duas pilastra que combatem comportamento social desastroso.

Destarte, como ser humano, somos um ser social, portanto ainda assim, nós não podemos aceitar pacificamente, que governantes, que administre nosso País, Estado ou Município, conviva em conúbio com a corrupção, com imoralidade que assola o nosso país e o descalabro administrativo, pois como cidadão precisamos e devemos ter censo crítico sim, manifestando-nos sem afronta e de modo respeitoso, a cada desregramento administrativo e social que tenhamos conhecimento, pois vivemos sob o véu da DEMOCRACIA. Não podemos ficar passivo quando sabemos que são quebrados sigilos telefônicos, bancário e fiscal, sem autorização judicial, pois se estamos sob o véu da DEMOCRACIA, atitude dessa natureza é incompatível com o estado democrático de direito, o Art. 5º da C.F, já citado ao Norte, garante o direito do sigilo de todo o cidadão brasileiro.
Devemos estar permanentemente sintonizados com tudo que ocorre no planeta Terra, ao nosso redor e em nossa comunidade, não podemos deixar de contestar quando notarmos que o poder econômico tenta manipular a justiça, não podemos ficar indiferentes, quando temos conhecimento de que há processos civis e penais que dormitam eternamente em berço esplêndido dos Tribunais Judiciário – lentidão da Justiça-, não devemos nos conformar quando percebemos que alguns membros do poder judiciário sejam fortes apenas para aqueles fracos economicamente, pois as lei foram efetivadas para todos sem distinção de qualquer natureza.
Portanto, nós como pessoas esclarecidas, não podemos ficar apáticos a essa corrupção embrulhada em pacotes de escândalos das mais diferentes matizes, que se derrama como larva de vulcão, da mais alta esfera política contaminando a massa operária, e por conseqüência enlameando líderes sindicais também, perpassando pela grossa e compacta camada por todos os degraus da portentosa e imensa sociedade brasileira, atingindo todas as células sociais.
A desagregação da família contribui sim para o aumento avassalador da criminalidade crescente em nosso país; o vandalismo alimentado por falta de temor a Deus, a corrupção administrativa florescente, que a cada dia como um câncer, vai degenerando a vergonha e a moral do homem, corrompendo e destruindo valores – sobre tudo valores morais-; a ineficiência das indústrias e da agricultura por falta de uma política que vá ao encontro dos anseios daqueles que produzem com sacrifício, contribui para a miséria crescente de nosso país; o cinismo de alguns políticos, não são todos, que fazem de seu mandato um balcão de negócio ou faz dele um cabide de emprego sustentado o nepotismo, hoje em dia já combatido, através de normas legais; o ceticismo dos jovens que não vêem perspectiva de um futuro promissor, haja vista que não existe uma política eficaz voltada para a juventude, muito embora os jovens sejam a maioria de nossa nação, boa parte alienada pelas drogas; a impunidade dos delinqüentes contumazes por falta de leis enérgicas, o poder judiciário se esqueceu que os Juízes singulares foram sub dividido em VARAS, e vara simboliza instrumento de castigo e punição, mas não fazem uso, utiliza-se a aplicação de leis indulgentes que contribui ainda mais para os descrédito do poder judiciário e dos órgãos de segurança pública, estimulando assim, a violência que campeia em nosso país a passos largos; a falência da saúde pública que se encontra há muito tempo internada como indigente na UTI do abandono, sempre carecendo de recursos financeiros, é porque determinados governantes, com escopo de se perpetuarem no poder, gastam mais dinheiro em propaganda em seu favor do que com remédio que muita falta faz ao proletariado, camada extensa de nossa população; a EDUCAÇÃO que hoje em dia é tratada como comércio pelos mercantilista do saber, enquanto o governo fica apenas como um mero expectador “ vendo a banda passar”, as vagas nas escolas públicas do primeiro ao terceiro grau, não atendem a demanda estudantil de nossos jovens, por outro lado, o professor protagonista do saber, engrenagem mestra do desenvolvimento social é desvalorizado como salário aviltantes, e quando tentam fazer greve reivindicando melhores condições para desenvolver seu labor e cobram um salário digno, é massacrado com instrumentos de repressão aos moldes da ditadura, com gás lacrimogênio e spray de pimenta etc..., embora vivendo numa DEMOCRACIA. Todas essas mazelas citadas são como se houvesse inflação de valores morais, portanto, ratificam e atestam a falência e a precariedade do Estado brasileiro. Mas só o voto consciente de cada cidadão brasileiro – eu disse voto consciente de cada cidadão brasileiro -, não vendendo seu voto a candidatos inescrupulosos, e investigando os antecedentes e o caráter da pessoa a quem honrará o seu voto, poderá transformar essa situação calamitosa em que se encontra a sociedade brasileira.
Gostaria de finalizar e moldurar minha dissertiva com um trecho de um livro que li recentemente, já pedindo licença ao seu autor, cidadão pernambucano de nascimento e paraibano por opção, o ilustre Escritor JOSÉ AMARAL DE MELO, autor da alvissareira obra “A CIDADE DO CARNAVAL”, onde inicia na pagina de nº 49 sua dissertativa que comunga com o meu pensamento sobre o tema CIDADANIA: “ A sociedade é constituída por indivíduos que através de acordo tácito, sujeitam-se ao controle social que regula os direitos e obrigações. Nos países totalitários, ou mesmo onde a democracia não é plena,, os governos sob pretextos deslavados, para ocultar a realidade nacional, mentem para os cidadãos, sonegando com esse procedimento o direito de todos. Entretanto, nos momentos de emergência ou de crise, exigem quotas de sacrifícios, sob o argumento de dever patriótico. Um país só poderá se constituir em uma grande nação, se seus habitantes forem contemplados com a justiça social nos mínimos detalhes para, desta foram, obter um nível de vida superior. O povo é superior de seus direitos, políticos, econômico e social, são-lhe assegurados, e isso sé é possível num regime essencialmente democrático com dirigentes reconhecidamente honestos. Há países que mesmo no arbítrio se tornam poderosos. Mas é um poder efêmero porque sua estrutura social está doente. Está fundada em bases falsas do direito. É a sonegação do direito da maioria absoluta em benefício da minoria privilegiada. Não contando , portanto, com o concurso espontâneo de todos os cidadãos, o país não disporá de uma estrutura capaz de constituí-lo numa grande nação, muito embora sua extensão territorial seja grande e suas riquezas imensuráveis. O respeito ao direito individual, à cidadania, dá ensejo às idéias criadoras que contribuem para a riqueza de um país”.

VIVA O POVO EGIPCIO, que no início desse século, desatou as amarras da ditadura e deu um exemplo ao mundo, de cidadania em busca da DEMOCRACIA, e o mundo inteiro acompanhou essa magna façanha, através dos meios de comunicação, esse fato histórico que ficará na memória daquele povo e do mundo moderno.

Texto: Samuel Alencar da Silva, integrante da ACLA.

De Verso em Prosa - Poemas e Devaneios

O Poeta Andarilho
Juro por Deus
Que não queria assim
Mas quem sou?
Para querer mudar o destino
Causar tamanha afronta
Cometer tal desatino
Comparar pela desigualdade
Dos seres que se afinam.
Um por devanear
Outro, que a passos de cágado,
Por terra faz seu caminho.
Um, semeia sonhos
Outro cultiva desilusões
Para um, lua cheia é regalo
Para o outro é pura incerteza
No meio da claridão.
Se um colhe rosas
O outro tem espinhos nas mãos
Até a brisa que sopra suave para um
Não é a mesma que para o outro
Varre as cinzas do chão.
Como poeta sou a certeza
Da palavra no verso que se cria.
O andarilho, a palavra vazia no tempo
À sombra das horas
Em que passa ao relento.
Os passos sem direção
Que levam a lugar nenhum
São esperanças sem fim de chegar:
À noite sem frio,
O dia sem vazio
A morte sem dor.
Já que vale a pena viver
O andarilho vive a penar
E o poeta não vive sem escrever.


José Raimundo Vieira, poeta Capanemense integrante da ACLA.

ACLA na Imprensa

Academia é destacada no Jornal Correio de Capanema
No mês de maio do ano passado, tão logo surgiu como entidade literária, a ACLA mereceu espaço na imprensa Capanemense e foi matéria no Jornal Correio, conforme publicação abaixo:

Edição: PH

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Crônica da Atualidade - Por Paulo Vasconcellos

Barão de Capanema: Centro comercial e financeiro
                                              (Primeira parte)

Passadas as comemorações do Centenário, podem ser relacionados alguns pontos que não foram lembrados, mas isso faz parte. Então, levando em consideração a um termo bem antigo que diz: “Recordar é viver”, vou usar a primeira pessoa para descrever a importância que tem a Avenida Barão de Capanema para a nossa cidade, centralizando a história do início da colonização até os dias atuais. No tempo do trem, a estrada de ferro se encarregava de fazer a paisagem ser admirada por todos, pois ao seu redor existiam poucos estabelecimentos comerciais, mas o verde das matas antecipava que ali o solo seria fértil e o sinal do progresso estava por vir. Faço esse preâmbulo, para dar maior conotação a uma série de artigos que vou publicar sobre a Barão de Capanema.

Com o passar do tempo foram surgindo moradores que aportaram em Capanema vindos de regiões longínquas e aqui se estabeleceram, procurando entrosamento com os que já habitavam a promissora Vila que passaria por várias transformações até chegar ao topo de um das melhores cidades da Região Nordeste do Pará.
Outrora chamada Siqueira Campos, a cidade despontava e a Avenida Barão de Capanema tomava posicionamento de Centro comercial com as instalações de tabernas, botecos, quitandas, mercearias, bodegas e até bancas que serviam para os vendeiros e marreteiros comercializarem mercadorias ao gosto de cada freguês. Começava a fase áurea da principal Rua de Capanema por abrigar negociantes de categorias diversas, prenuncio de futuro próspero. O trem continuava contribuindo com o progresso de Capanema por transportar pessoas de diversas regiões que buscavam amplitude nos negócios e observavam o crescimento repentino da cidade que já não tinha só a Barão, mas sim, outras vielas que desenhavam o que seriam travessas, ruas, passagens, alamedas e avenidas num futuro bem próximo.
Aqueles que chegavam tinham a visão progressista e logo procuravam um local para se estabelecerem comercialmente, é claro, os que tinham intenções de atuar nesse setor. Na história do comércio de Capanema, constam nomes de Casas e de comerciantes que marcam a condição do setor ser até hoje o maior empregador. Sendo assim, vou citar alguns que fazem parte da minha lembrança, mas sei que não vou atingir todos, porque são épocas diferentes. O Mercado Municipal Raimundo Neves, cuja especialidade era a comercialização das carnes de gado e suíno, tinha ao seu redor fazendo parte do complexo, pontos comerciais ocupados, por exemplo, pelos saudosos João Costa, Nicodemos Silva, Raimundo Braga e Júlia Miranda. Nas Travessas: Ocidental, Central e Oriental existiam lojas de todas as categorias, muitas delas construídas em madeira e outras em alvenaria. O Bazar Capanema do seu Pompílio a Casa do Gelado do Edmilson Lucena, o Bazar do Povo do Francisco Cavalcante, o Foto Silva do Tide, a Mercearia do seu Experidião Querioz, o Bazar da Dona Paquita, onde existia o serviço de cobertura de botões para roupas femininas, o deposito de bebidas do Raimundo Moreira, a Usina da Sobral Irmãos e a Cantina do Pobre do Carlos Gomes. São memórias buscadas de imediato e de improviso que contribuem com a importância do comércio. Nesse contexto ainda têm os comerciantes que resistem ao tempo e continuam na labuta, como são os casos de Chico Meirelhes, Suéo Komatsu, Pedro Araújo da Loja Brasil e a Casa Oliveira, que começou com seu Alfredo e hoje é gerenciada por seus familiares, sem falar na Radisco que têm sua originalidade baseada na perseverança do camelô Herbert Veríssimo que vendia nas causadas da cidade, rádios, discos e colchões.

Voltando ao tempo, posso registrar também a Casa Pérola da família Costa, Farmácia Amarante, primeiro com Cirilo e depois com Lanor, a Casa Cruzeiro de Lourival Quito, a Casa Costa do seu Zezinho, a Exposição Confecções, a Farmácia do Povo capitaneada por Hugo Travassos, o Cine Pálace, cinema comandado por Waldir Campos, a Estância Nova Amazônia de Edmilson Acácio, a Loja de tecidos de Ally Buchacra, a Sempre Viva, mercearia de dona Dedé, centro comercial do David Araújo, o Hotel Carioca comandado por dona Juliana, o comércio de Abdon Holanda, a relojoaria do seu Zé Nascimento (que funciona até hoje), o Armazém do Elias Abud, o Bar 1° de Maio do Ambrósio Vidal, a taberna da família Ichiara, o Hotel dos Viajantes de dona Ana, o Posto Guajará, antes coordenado pela família Febrone e hoje pelo empresário Bila, o Laboratório de Analises Clínicas do seu Edilson Furtado e outros notáveis comerciantes que têm o reconhecimento por terem gerado empregos e renda para o município. Muitos deles ainda contribuem com divisas, fator primordial para o sustento do comércio como uma das fontes mais fluentes no desenvolvimento da Capanema de ontem, somando-se aos tempos atuais, pois o município de Capanema polariza a região com a influência da economia forte, chamando atenção de mais 16 municípios convergentes.
Tentarei seqüenciar os assuntos pertinentes ao desenvolvimento econômico, social e produtivo de Capanema, sendo que a principal Avenida agrega o coração do comércio e recebe grande fluxo de pessoas vindas dos mais distantes recantos. Aceito sugestões para o enriquecimento desta matéria que tem a finalidade de enaltecer a nossa querida Capanema e a sua desenvoltura emergente. (Paulo Vasconcellos)

*O autor é escritor, poeta, articulista e cronista, Com várias obras publicadas em jornais. É membro da Academia Capanemense de Letras e Artes - ACLA.

Crônica publicada no Jornal de Capanema e no Portal Capanema.

Palavra do Presidente

Caríssimos,
O Blog, ferramenta moderna de comunicação, já faz parte de nos, que estamos na ACLA, a nossa Academia de Letras e Artes de Capanema, Pará. Acostumados a esperar um tanto para ver publicados os nossos trabalhos, nos valemos agora desta ferramenta ágil que nos coloca de pronto, no espaço maior da informação moderna. Doravante, haveremos de estar na vanguarda dos acontecimentos, feito que os meios já nos bastem.

Beto Buarque - Presidente da ACLA


Artigo Literário

O ABC nas letras e nas frases
Ao serem apreciadas as alternâncias na língua portuguesa, podem ser criados parâmetros que justifiquem o emprego das letras e das palavras em frases diversas. Como exemplo posso citar a atividade do jornalista, que é considerado por muitos como “troca-letras”, mas isso é dito até de forma elogiosa. Passando do jornalista, chego até o professor que além de aprender precisa ensinar e muitas das vezes não é compreendido, muito menos valorizado. Quem trabalha com as letras corre riscos de escrever ou pronunciar palavras erradas, no entanto, se houver perícia afinada, tudo transcorre na normalidade.
O uso de palavras em determinadas frases pode causar efeitos de forma positiva ou negativa, dependendo do caso. Como esse texto tem a intenção de especificar trocadilhos, jogar as letras de encontro às frases, sustenta-se o equilíbrio de uma retórica satisfatória que transpõe as vontades. Não sei se colocar as sílabas na forma correta vai traduzir em palavras aquilo que penso quando for escrever algo diferente, - como é o caso deste texto. Porém, exclamar, interrogar, adjetivar ou ate mesmo verbalizar uma escrita, tem para mim, importância múltipla, pois sou apenas um conhecedor de poucos substantivos que posso usá-los quando for necessário.
Como estou me dirigindo a uma equipe de intelectuais das letras, preciso ter cautela para não cometer gafes, caso contrário, vou me transformar em vilão de uma história que nem comecei a contar. Voltando ao conteúdo do texto, faço lembrar aos nobres colegas acadêmicos que as palavras aqui empregadas não foram oficialmente corrigidas, pois saíram de improviso. Ao considerar as letras como fatores imprescindíveis para a formação de qualquer tipo de texto, busco o mais profundo recanto da memória para distribuir palavras e dedicá-las a vocês. Sendo assim, os substantivos se envolvem com os verbos, os adjetivos conotam os sujeitos e as sílabas se somam a todas as frases, formando um conjunto de notas capazes de assegurar as palavras e assim por diante.
Como sou poeta, posso intercalar as palavras e formar uma grande poesia, fortalecendo minha condição de apresentar poemas, dentro da formalidade como requer a regra. Como nossa Academia é composta por grandes poetas e grandes escritores, juntemos nossas vertentes e somemos aos predicados que surgirem, para que apresentemos em nossa antologia, que está perto de ser editada, variações culturais que serão apreciadas por uma legião de leitores. É com imensa satisfação que destaco o trabalho de um grupo forte e coeso que defende a cultura literária como bandeira no município de Capanema.

Saudações Culturais.

Paulo Vasconcellos
Poeta e Escritor, membro ativo da ACLA

Bom Começo

Edição: PH
Texto: Paulo Vasconcellos

A imortalidade de quem se dedica às Artes
A partir do momento em que houve a junção de idéias com formadores de opiniões buscando uma finalidade específica que é a de agregar as artes de forma global. Foram realizadas reuniões e no dia 25 de maio de 2010 eis que surge a ACLA - Academia Capanemense de Letras e Artes, cujos integrantes são pessoas da comunidade que comprometeram-se a dinamizar a Cultura literária e outras vertentes. Depois de formada a ACLA faz parte de um seleto grupo de entidades não governamentais que enaltece o nome do município de Capanema em todos os parâmetros.
A diretoria da ACLA está assim constituída: 

Presidente - Aristeu Buarque de Gusmão Filho 
Secretária - Madalena Silva Oliveira
Tesoureiro - Djalma Durval de Mello

Os outros imortais que compõem o grupo são os seguintes: 
Haroldo Costa Ribeiro
Lourdes Oliveira Silva
Luciano Demétrius Barbosa Lima 
Iracema Amorim da Costa
Samuel Alencar da Silva
Maria Ramos Rodrigues 
Francisco Paulo Viana de Vasconcellos
Rosilda Dax Silva
José Raimundo Batista Vieira