AMANHÃ
Ontem?...Isso faz tempo!...
Amanhã?... Não nos cabe saber...
Amanhã pode ser muito tarde
Para você dizer que ama,
Para você dizer que perdoa,
Para você dizer que desculpa,
Para você dizer que quer tentar de novo...
Amanhã pode ser muito tarde
Para você pedir perdão,
Para você dizer:
Desculpe-me, o erro foi meu!...
O seu amor, amanhã, pode já ser inútil;
O seu perdão, amanhã, pode já não ser preciso;
A sua volta, amanhã, pode já não ser esperada;
A sua carta, amanhã, pode já não ser lida;
O seu carinho, amanhã, pode já não ser mais necessário;
O seu abraço, amanhã, pode já não encontrar outros braços...
Porque amanhã pode ser muito...muito tarde!
Não deixe para amanhã para dizer:
Eu amo você!
Estou com saudades de você!
Perdoe-me!
Desculpe-me!
Esta flor é para você!
Você está tão bem!...
Não deixe para amanhã
O seu sorriso,
O seu abraço,
O seu carinho,
O seu trabalho,
O seu sonho,
A sua ajuda...
Não deixe para amanhã para perguntar:
Por que você está triste?
O que há com você?
Ei!...Venha cá, vamos conversar...
Cadê o seu sorriso?
Ainda tenho chance?...
Já percebeu que eu existo?
Por que não começamos de novo?
Estou com você. Sabe que pode contar comigo?
Cadê os seus sonhos? Onde está a sua garra?...
Lembre-se:
Amanhã pode ser tarde...muito tarde!
Procure. Vá atrás! Insista! Tente mais uma vez!
Só hoje é definitivo!
Amanhã pode ser tarde...
Colabração: Rosilda Dax - Poema de autoria de Paulo Jr. especialmente para a ACLA.
Obs: O autor é poeta e amigo da Acadêmica Rosilda Dax.
sexta-feira, 29 de abril de 2011
terça-feira, 26 de abril de 2011
De Verso em Prosa - Poemas e Devaneios
A perda!
O dia ensolarado,
as ondas do Atalaia como um manto de Nossa Senhora,
os redeiros, os artesãos, aos gritos e com muita saliva entoando seus hinos de marretagem,
a praia limpa, mas nem tanto, alguns monturos de lixo aqui e acolá,
diziam da consciência ecológica da população da praia,
a conversa ia e vinha, não era calmaria, mas era harmonia,
a areia fina,
os castelinhos das crianças,
os vendedores de pipa,
os carros com sons bem altos e mau educados,
na chegada a praia vislumbrava-se aquele tapete multicolorido de guarda sóis,
carangueijo toc-toc, pratiqueira e pescadinha na barraquinha,
de repente o susto,
cadê o menino?
cadê o menino?
o menino com sua prancha?
não, comigo não, conosco não!
isso não podia ser como tantos que já foram,
mas comigo não!
o que seria da mãe, e da irmã?
não! não! não!
já se passaram pelo menos 30 minutos e o menino sumiu,
todos tem que me ouvir: o menino sumiu!
Ei!! o menino sumiu, eu quero que todos ouçam meu ofegante pensamento,
vi a prancha amarela, a sunga azul, o corpo magro e moreno,
como um adesivo nos olhos,
bombeiro, cadê meu filho?!
guarda, socorro!
vendedor de bugiganga, me ajude!
todos que bricam como se nenhum drama estivesse acontecendo, olhem por mim,
olhem, o menino sumiu, eu estou desesperado!
vai para oeste que eu vou para leste, ou para norte, quem sabe pro sul,
a praia é a mesma mas meu filho sumiu,
meus olhos esbugalhados,
eles não param nas óbitas,
meu nó na garganta,
minha barriga que dói,
a panturrilha cansada,
por favor meu Deus, o menino sumiu!
me ajude!
derrepente, o olhar naquele corpinho,
a onda, não era do mar, que sobe pela espinha,
elétrica, esfriando a zero grau naquele sol causticante,
a prancha, a sunga, o tempo que já corria célere,
o grito delirante, a boca espumante, o coração saltitante,
achei o menino!!!
achei!!
o menino!!
descancei, gemi mudo, agradeci a Deus,
corri e o abracei,
já se iam uma hora e meia,
não quero imaginar que a perda poderia ser maior,
saí com ele orgulhoso e o entreguei a mãe choroso e desesperada,
o sol já se punha no horizonte,
já era mais silêncio na praia,
muitos buscavam os veículos e caminhavam preguiçosamente pelas areias,
ninguém se preocupava com tristezas,
nós ali, com nossos corações silenciosos,
com seus compassos normalizados,
caminhávamos lentamente e desligados da euforia ao redor,
olhando o menino,
(nós o tínhamos perdido, mas ele mesmo não se perdeu),
bem pertinho,
bricando, com a vida sem saber,
olhando-nos seguro,
e nós lhe amando,
sem perceber porque, dali em diante, um enorme tédio nos envolveu,
e no dia seguinte voltamos para casa,
e só o menino reclamou.
Colaboração: Nilson Mesquita, integrante da ACLA, titular da Cadeira número 12.
23/04/11
quarta-feira, 20 de abril de 2011
De Verso em Prosa - Por Marta Navegantes
Capanemeiros
Amigos, que estamos longe,
Ainda lembram de lá?
Da nossa Capaneminha,
Lá no Estado do Pará?
Da nossa boa farinha,
Do nosso pé de limão?
Do Colégio São Pio X,
Eterno no coração?
Procissão do dia oito
Na nossa Igreja Matriz?
Mãe do Perpétuo Socorro,
Que nos fez sorrir feliz.
O tempo nos dispersou,
segunda-feira, 18 de abril de 2011
De Verso em Prosa - Poemas e Devaneios
Pequeno Poema
Quem te declamará pequeno poema?
Com sentimento,
Eu expresso nos madrigais.
E te transformo,
Em frequentes recitais
De múltiplas revelações.
O vento, soa como a canção
Que entoa o pássaro que pia
Após a fase de crescentes ensaios
Sem improviso esse cantar,
Não retratará a pena
Na terra da eternidade inútil.
Pergunte-se: - Onde encontrar tanto vigor?
Nos sonetos destinados aos amantes?
No luau que se presta aos cancioneiros?
Ou no esplendor das interpretações?
Chega o verão inspirando o prazer do calor,
É quando a tua rima desconhece a tristeza
Colhendo flores matinais
Para enfeitar
Festivais de altos conceitos
No decorrer de dias fecundos dando Asas a Poesia,
Tornando notória a sutileza de sua imaginação.
A versatiliação em memória ideal
Rebrilha a pérola de tua linguagem diária,
Sem choro ou lágrima de um silêncio passado.
Quem te declamará pequeno poema?
Autor: Stélio Vasconcellos, integrante da ACLA, titular a Cadeira número 13.
sexta-feira, 15 de abril de 2011
Artigo Literário - Incentivo à Leitura
QUEM POUCO LÊ POUCO VÊ
O Elias Pinto, este jornalista incomum que nos eleva a alma com seus escritos no Diário do Pará, frequentemente vem nos brindar com algumas pérolas do ideário nacional. Em recente página, ali estava José Mindlin, nome da cultura que a todos se impõe pela clareza e justeza das afirmações. É ele que em “Inoculando o vírus da leitura” traça sentidos e interpretações somente pensadas pelos grandes intelectos e somente percebidas pelos que por anuência e satisfação, tiveram no vírus da leitura, o estabelecimento da satisfação e do prazer. Diz-nos “Mindlin:” Quem não lê, não sabe o que está perdendo, pois a leitura dá um sentido espiritual à vida, abre horizontes, dá uma visão melhor e mais ampla do mundo e da sociedade em que vivemos, estimula a imaginação e o sonho, e cria possibilidades antes impensadas de reivindicar mudanças em nossa sociedade, corrigindo injustiças sociais e politicas que nos afligem. As coisas dificilmente mudarão se não for dada à grande massa de nossa população, uma educação adequada e consciência de cidadania, o que exige em última análise, o desenvolvimento e a consolidação das práticas da leitura. Há décadas procuro inocular no maior número de pessoas o “vírus” do amor ao livro e à leitura”, Essa afirmação de José Mindlin, serve-nos como um alerta de um dever a ser cumprido. Diz-nos também, por final, o nosso literato em enfoque: “O acesso ao livro, porém, não é fácil para a grande maioria da população, que vive de pequenos salários, quando os tem. Daí ter livros não deve ser condição única para a leitura, embora seja grande o prazer de formar e possuir uma biblioteca particular.” Aqui no Brasil, ainda engatinhando nessa questão das bibliotecas, infelizmente para todos, a biblioteca particular é regra sim, malgrado o que gostaria José Mindlin
Colaboração e texto: Beto Buarque, presidente da ACLA, titular da cadeira número 1.
De Verso em Prosa - Poemas e Devaneios
TÍTULOS DE MPB
Foi assim, como uma onda
A garota de Ipanema, mulher ideal
Minha namorada, gente humilde
Pela luz dos olhos teus, que estranha loucura
Sozinho, vivi as loucuras de uma paixão
De volta pro meu aconchego
Tem coisas que a gente não tira do coração
Se quer saber, se não é amor
O que que é, chama da paixão?
Só pra contrariar, você faz parte do meu show
Por mais que eu tente, outra vez
Outras mulheres, Madalena, Carolina
Se, começar de novo, regra três
Amor e sexo sem fantasia
Apesar de você, meu bem querer, judia de mim;
Mas que nada, devagar devagarinho
Começaria tudo outra vez, tudo com você
Todo sentimento agonia, em retalho de cetim
Tá na cara, ronda o último romântico
Mal acostumado, aos encontros e despedidas
Desabafo o grito de alerta, naquela mesa.
O mar serenou a paz do meu amor
Nos bailes da vida, a banda
A canção tocou na hora errada: Valsinha e Bandollins
Se queres saber, ontem, você abusou
Do meu mundo e nada mais
Eu que gostava tanto de você, ainda lembro
Hoje, você passa e eu acho graça
Você foi um rio que passou na minha vida
Quando eu me chamar saudade
Adeus cinco letras que choram
Não deixe o samba morrer
Pra você um pedaço de mim
“ Como poeta, as palavras são minha matéria-prima, por isso hoje, sou mais artesão do que emoção”
Capanema, 14 de abril de 2011.
Autor: Samuel Alencar da Silva, integrante da ACLA, titular da Cadeira número 7.
quinta-feira, 14 de abril de 2011
De Verso em Prosa - Poemas e Devaneios
F A S C I N I O
Meu fascínio é você
Sem você, não sei viver,
Com certeza, prefiro morrer
Morrer de saudade, desejo...
E vontade de te ver.
Você despertou em mim
Um amor que jamais senti,
Um amor louco e incontrolável
Difícil de explicar.
Um amor com mistura
De poesia e canção
Um amor com a doçura
Do néctar das flores
Um amor que ferve no peito,
Ao pensar em teus beijos de mel
Não consigo viver,
Sem a luz que brilha em teus olhos,
Sem aquele encontro surpresa
E aquela emoção em te ver.
Oh! Meu amor!
O que sinto por ti é mistério,
É fascínio, encanto e sedução´...
E o que me faz te amar tanto?
Juro, não sei, não sei decifrar,
E nada, nada, no mundo,
Jamais me fará te esquecer.
Autora: Lourdes de Oliveira Silva, integrante da ACLA, titular da Cadeira número 8.
De Verso em Prosa - Poemas e Devaneios
A M A R
Amar é elevar o pensamento,
Ao cume do espaço sideral,
Amar é sonhar, devanear, fantasiar...
Amar é absorver do céu,
O brilho do azul celestial.
Amar é lançar raios,
Por entre o lustro das estrelas.
Amar é voar na magnificência,
Do mais sublime dos sentimentos.
Amar é fulminar o mundo,
Com raios multicoloridos,
É ostentar mistérios,
No topo do arco íris.
Amar é delinear,
As curvaturas da beleza,
É desvendar o universo,
É passear no paraíso.
Amar é enamorar-se de si mesmo,
É encantar-se, é enfeitiçar...
É exaltar-se e engrandecer...
É exibir-se no alvorecer.
Amar é dar vida às coisas belas,
É sugar a beleza dos seios da aurora,
É desnudar o facínio do palco,
E empolgar a visão da platéia.
Amar é sorrir com o tempo,
É chegar no auge da felicidade,
É admirar-se da grandeza,
De um sentimento nobre e enaltecedor.
Autora: Lourdes de Oliveira Silva, integrante da ACLA e titular da cadeira número 8.
terça-feira, 12 de abril de 2011
De Verso em Prosa - Poemas e Devaneios
Ainda não!
Quem me deixou morrer,
ainda não era tempo,
não me preparei,
queria errar ainda,
falar besteira,
criticar sem “rabo preso”,
dedurar o assaltante,
correr do bandido,
falar palavrão.
Queria me expressar pelo corpo,
gostaria de viver na rua,
debaixo da ponte,
ou do viaduto,
buscar meus podres,
ferir minha tristeza,
cair no “conto do vigário”.
Queria mesmo era sair por aí,
sem nenhum rumo,
sem paraquedas,
apenas com minha trouxa,
de pano velho,
cheia de nada,
com minha nudez,
sem bronze e nem sol.
Onde estivesse,
ficaria bem.
comigo mesmo,
e com mais ninguém.
Autor: Nilson Mesquita, integrante da ACLA, titular da cadeira número 12.
Quem me deixou morrer,
ainda não era tempo,
não me preparei,
queria errar ainda,
falar besteira,
criticar sem “rabo preso”,
dedurar o assaltante,
correr do bandido,
falar palavrão.
Queria me expressar pelo corpo,
gostaria de viver na rua,
debaixo da ponte,
ou do viaduto,
buscar meus podres,
ferir minha tristeza,
cair no “conto do vigário”.
Queria mesmo era sair por aí,
sem nenhum rumo,
sem paraquedas,
apenas com minha trouxa,
de pano velho,
cheia de nada,
com minha nudez,
sem bronze e nem sol.
Onde estivesse,
ficaria bem.
comigo mesmo,
e com mais ninguém.
Autor: Nilson Mesquita, integrante da ACLA, titular da cadeira número 12.
sexta-feira, 8 de abril de 2011
De Verso em Prosa - Poema de Samuel Alencar
FICAMOS SEM TOM
Abriram-se as cortinas do céu
E a ave bateu asas para o além
Foi-se aquele pássaro
Que se voou ultrapassou continentes
E seu canto ecoou no mundo
Tornou-se uma espécie universal
E conquistou confortáveis abrigos
Mesmo fora de seu ninho
Mas nunca esqueceu seu torrão
Sua rota sempre foi à qualidade
E o ritmo de seu canto
Foi à simplicidade e o bom gosto
Mas mesmo assim,
Não conseguiu escapar
Dos estilingues maldosos
Com “Pedra de atiradeira”.
Sua floresta está de luto e indefesa
Porque foi ele o seu guardião.
Ipanema encolheu-se em melancolia
Enquanto a pedra de Gávea chorava
E o mar cantava “Desafinado”.
Na cadência do “Samba de Uma Nota Só”,
“O Samba do Avião”, que cruzava o céu
Sobre o cume do “Corcovado”.
Autor: Samuel Alencar, integrante da ACLA, e titular da cadeira 7.
“Só a única verdade me tiraria desse imenso palco, onde representei tão bem, ao equivalente a vida real”.
Beto Buarque vai lançar obra literária
Empolgado com o reconhecimento que a Academia Capanemense de Letras e Artes (ACLA) está tendo no município e na qualidade de defensor da Cultura de um modo geral, o Acadêmico e presidente da entidade, Beto Buarque, prepara-se para o lançamento de sua obra literária “Folheando”, livro composto por crônicas escritas pelo autor, retratando a realidade de fatos que fazem parte de um contexto formado por assuntos do cotidiano. O conteúdo do livro é rico em retóricas coletadas pelo autor, muitas delas serviram de parâmetro para seus artigos publicados no Jornal Folha de Capanema. A obra já está pronta e dentro de alguns dias será lançada e colocada a disposição dos leitores. Na opinião do escritor Beto Buarque, contribuir culturalmente para a literatura Capanemense é motivo de oportunizar ao leitor, condições de conhecimentos diversificados, moldurados em um livro feito com muita dedicação que certamente vai atender a um público formado por multiplicadores de idéias, que certamente vai insentivá-lo ainda mais a continuar escrevendo suas crônicas envolvendo assuntos de alta relevância. A data do lançamento do livro Folheando ainda não foi definida pelo autor, mas ele adianta que não vai demorar, pois já pensa em uma nova edição. Antes disso acontecer, Beto está empenhado na edição de uma antologia com trabalhos de todos os Acadêmicos da ACLA e posteriormente será dada atenção para seus projetos pessoais.
Edição e Digitação: Paulo Henrique
Texto: Celene Vasconcellos
Fonte: Jornal de Capanema Online
De Verso em Prosa - Poema de Samuel Alencar
PÁGINAS DA MINHA HISTÓRIA
Removeste um sentimento oculto
Que já estava arquivado
Na estante da resignação
Desviaste o meu sereno percurso,
A tua doce presença
Fez-me perder a razão
Às vezes acho que seja miragem
Surpreendo-me com a realidade
Por mais que eu tente fugir
Só encontro aberta a porta do teu coração
E me hospedo como um posseiro em tua vida.
Você foi o capítulo mais importante
De toda minha história
As páginas do livro da minha vida
Margeaste com meiguice e carinho
A parte mais colorida do livro
Foi ilustrada com ternura e afeto
E molhaste aquela frase
Com lágrimas de tua emoção.
Autor: Samuel Alencar, integrante da ACLA e titular da Cadeira número 7.
“Driblei os teus preconceitos na grande área do teu coração, bem na marca do pênalti, o gol foi inevitável”.
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