quarta-feira, 25 de maio de 2011

De Verso em Prosa - Poemas e Devaneios

Pensamento Distante
É fim de tarde...
E eu sozinho sobre a tolda do barco
Buscando no Céu, alguma coisa que
Me deixe feliz.
Vejo uma estrela, a primeira que chega,
Lançando o seu brilho constante.
Ainda estão presentes os últimos raios
De Sol brilhando sua luz dourada,
Bem suave sobre algumas nuvens.
Longe, bem longe, uma nuvem branca
Cria algumas formas, ora de objetos,
Ora de animais, ora de pessoas.
Fico esperando que ela forme um rosto
Que se pareça com você, e ela parecendo
Me entender, cria um rosto de mulher,
Com olhos bem expressivos, lábios bem formados,
Tudo parecendo você.
E o sol, em seus últimos instantes, lança
Sobre ela os seus fracos raios dourados
Como que formando os seus lindos
Cabelos loiros.
Que alegria!
Parece que até a natureza entende
Os meus sentimentos.
Mas, logo tudo vai se modificando.
A nuvem se dispersa, o Sol fica sem vida,
Somente a estrela que não é mais a única,
Mas que foi a primeira, continua lá em cima
Me fazendo companhia.
Vem a escuridão da noite, e eu procuro
Me conter para não deixar ninguém
Perceber, o que eu sinto quando estou
Longe se poder ver você.

                                          Haroldo C. Ribeiro

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