Vida Verdejante
Verdejante é a relva
que acoberta estes lindos campos
que tem mais flores.
E saciado eu vivo porcompartilhar
este lugar
com meus amores.
Aqui há pássaros pra
todo lado, mas é o curió do ninho da
laranjeira que canta
e me encanta cada vez mais.
Vez ou outracontemplo
o aparecer do sol.
E matutando num
banquinho de ipêaprecio o formoso
avinhadocantar.
É meu preferido
passarinho que também visita outro ninho
láno floreadojatobá.
Na lua clara, o luar
é a luz dos moleques
quebrincam de
esconde-esconde no vastoterreirovarrido.
Mas as redes estão lá,
atadas desde cedo, e antes
do candeeiro se
apagar cada um terádormido.
As noites por aqui são
suaves, emborade vez em quando a
calmaria dê espaçoa
loucos momentosde amor.
E como é bom
compartilhar o lençol de linho com a minha
meiga amada –de beleza
rara, de cheiro de flor...
Lá fora, o assoviar
do curupira ecoavizinho,
bem perto do poleiro
das galinhas, mas meus medos são diminutos.
E nem mesmo o rugido
do trovão me espanta – é que eu fico
adormecido com o som
da chuva no telhado.
Além disso, ocalor
afável de minha dona me acalenta,
mealiciaeme aquece.
E assim o amor me
entorpece.
Aquia epopeia da
naturezaretumbanos arese não se desfaz,
rimando com o sombrear
do arvoredo que abriga aminha
morada, minhacancha
de paz.
Meu lugar é longe!Bem
longe!
Mas também não é pra
lá do fim do mundo.
Minha terra, meu
sustento, minha benfeitoria.
Aqui já inventeicontos,
cantigas e versos,
dentre eles, esta
poesia.
Flávio Barros
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